Como o seu irmão, você nunca foi
um dos primeiros a deixar a escola,
você tinha dificuldade em sair da sala.
Impaciente, desde o canto assistiu anónimo
como as crianças reencontravam-se com os seus pais,
e ouviu as conversas dos vários grupos de alunos.
E você, é o penúltimo a sair todas as tardes.
No caminho para casa, você me implorou
para falar sobre os avós,
da cidade da minha infância
e você, consumiu com um guloso, como se fosse um sorvete
de morango.
Juntos, sem perceber, delineando
o plano mágico de Pouet,
uma vila onde os seus habitantes, entre lágrimas
na noite de 7 de agosto, levantassem os trilhos do trem
que cruzou a área urbana de sul a norte.
Do livro Quadern para meu fillho Arnau, Manel
Alonso i Català (Editorial Neopàtria, 2020). Tradução para o português de Santi
Zorio.
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